quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Viver é uma arte

Viver é uma arte. São necessárias algumas habilidades para viver e muita competência pra realmente viver e, não simplesmente sobreviver ou existir.
Esse ano foi bagunçado... algumas coisas aconteceram, mas nada muito bem como eu queria.

Mas algo mudou bastante: a arte se fez mais presente, finalmente!
No começo do ano fiz uma confissão para o amigo Law Tissot, uma pessoa presente na arte e na vida.

Eu desenho às vezes, gosto bastante, aperfeiçoo algumas poucas técnicas que tenho quase sempre desenhando símbolos costumizados à minha visão. Fazia tempo que isso andava bem de lado...

Então, em março, comecei a fazer terapia com minha amiga e psicóloga Ive. Nessas, ela propôs fazermos mandalas. Foi bom, tive problemas pra me adaptar ao material proposto, começamos com pastel oleoso... aff, esse material não tem nada a ver comigo! Influeciou um pouco em como desenhei, mas acho que funcionou como terapia pra mim e como diagnóstico ou estopim pra "papo" pra ela... No meio da "brincadeira" (meio do ano) já havia me acostumado com as mandalas e melhorou bastante quando passei a utilizar o material que me agrada: Viva o lápis de cor!


Outra coisa que me faz muito bem e, há algum tempo pratico, é cantar. Canto em coral desde meados de 2002 se não me engano. É uma atividade interessante, cantar com pessoas diferentes, num coral comunitário, as pessoas são diferentes, cada uma tem uma bagagem de vida particular e no próprio cantar as coisas são diferentes. Tem gente que canta em coral há pouco tempo e vai se desenvolvendo, tem gente que canta há muito tempo e fica estagnado achando que não tem mais o que melhorar, tem gente que se esforça pra sempre participar, tem gente que não está nem aí... É uma boa amostra de vida. Cada vez mais participo de grupos e vejo que são amostras "microcósmicas" de tudo que existe aí fora, no mundo. Faz tempo que canto em coral, já parei e, ano passado voltei "meiada" por não pegar desde o começo do ano, mas entrei no ritmo; esse ano foi complicado porque as aulas de especialização caíram bem no dia de ensaios, mas assim que terminaram voltei com tudo e, enquanto tinha as aulas, acabava faltando uma vez por mês pra pegar pelo menos um ensaio. E esse cantar junto me faz muito bem. Para o próximo ano, planos para o coral: desenvolver um trabalho de participação e um blog. É claro que o coral precisa de voz na internet, as pessoas têm histórias pra contar... vou mostrar um caminho possível, fora a divulgação é óbvio. E desde o ano passado, o "orientador" dessa musicalidade tem sido o M. A. Roberto Anzai.

Mas um dia, assim que estiver financeiramente e temporalmente organizada, ou melhor, quando atingir as minhas expectativas, pretendo fazer aulas de canto, sozinha, porque também preciso evoluir individualmente e, perder umas manias de coralista que já ganhei.... hehehehe. Mesmo porque um dia ainda cantarei Carmen de Bizet inteirinha e lindamente.

E este ano, finalmente, rendi-me à dança. Sempre admirei, acho lindo, expressivo e, cada um deve ter um estilo particular de dança e deveria dedicar-se a aprender e aprimorar isso. Porque a arte é expressão, é criação, são manifestações humanas e, posso parecer radical, mas se alguém não busca um lugar pra expressar isso, não é um humano pleno. Não importa se na dança, na música, nas artes plásticas, ou cênicas... Se o ser humano não tenta descobrir qual seu lugar na arte, algo estará sempre faltando. Não digo para virar profissional, comprometa-se só afazer o melhor com aquilo que se identifica que acho que até a visão de mundo muda. É expressão.

A dança envolve movimento, o corpo, harmonia entre o movimento e a música, composição e expressão física e emocional. Eu sempre achei linda a dança do ventre e, tinha milhões de bloqueios da minha expressão por motivos/preconceitos estéticos meus... Foi difícil deixar isso de lado, mas compensou. Antes eu gostava até das musiquinhas pra dançar, hoje eu acho melhor dançar "minhas músicas" com as técnicas da dança do ventre. Desde julho, a pessoa que auxilia nesse desenvolvimento é a Andreza Santana, nossa turma é pequena, mas acho tudo perfeito: os papos, as brincadeiras, as bobeiras enquanto aquecemos e alongamos e, os milhões de "básico egípcio" pra tirar meu trauma de "shimmys". E, em agosto comecei a fazer tribal com a Shaide Halim e, foi com esse grupo que fui pro palco e, adorei... Ideias diferentes pra espetáculo, tinha mais jeito de profissional que de escola de dança, foi algo interessante pra mim.
(Problemas financeiros me impediram de participar do outro grupo, mas ano que vem, ele terrá prioridade).
E essa foi a arte de viver esse ano. Teve estudo, teve trabalho, teve relacionamentos, teve de tudo como todos os anos... Mas este ano, a arte ganhou destaque... todos deveriam se permitir isso, sem receios de críticas, sem receio de realizações, afinal, todo mundo começa de algum lugar e, começos têm tropeços.... Mas se quando criança alguém desistisse de andar no primeiro tombo, não teríamos caminhantes.

CARPE DIEM

P.S.: Essas foram as mandalas do ano. Fotinhos nada boas, tiradas pela webcam, mas servem de figurinhas pra ilustrar o ano.
P.S2.: Falta desenhar a mandala de fechamento do ano e a de abertura do próximo... Tente vc também!


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Roda da Fortuna gira!

A vida continua, a roda gira, o mundo gira... Fazia tempo que eu não escrevia e percebi isso ontem.

A roda gira. Às vezes um ponto está embaixo, outras vezes em cima...e assim, ela gira....
Quantas vezes isso não aconteceu este ano?
Tive diversos altos e baixos... Mesmo não contando por aqui, que é um lugar para publicar fragmentos dos meus pensamentos, mas nem tudo deve ser publicado.
Fortuna Imperatrix Mundi... A fortuna, a nossa sorte, é imperatriz do mundo. Ela co-manda!


Pessoas chegaram, pessoas permaneceram, pessoas se foram... Teve quem foi e voltou também. E sempre tem que está por vir. Pessoas que estão perto, mas parecem longe... E pessoas de muito longe que estão sempre por perto... Nessas horas agradeço à telemática... hahahaha
Iemanjá devolveu oferenda que fui pra longe pra dizer pra ela levar... Devolveu... Resolvi mandar de volta. Tem coisas na vida que precisam disso.

Trabalhei bastante este ano, indo pra todo lado, mas tranquilamente. E tive meus momentos de descanso alternados com os de trabalho... Se soubessem como isso rende muito mais, mudariam os sistemas de trabalho! Tanto orientei, como assumi frente de aula - Papel de tutora e de quem professa (Estou me achando...hihihihi) .
Foi interessante, é bom ver quando trabalhamos com vontade naquilo que acreditamos e, mais itneressante ainda é "passar o ofício adiante", aquilo tem motivos pra surgir ou permanecer, porque acreditamos. Essa é uma reflexão que educadores/professores devem fazer... Por que e como ensinam?

E agora, espero o que terei pra fazer... sim, sempre com algo em mente, projetos a serem realizados: o motor que faz a roda girar.
Dancei muito este ano!!! Ainda escreverei um post sobre isso! Só eu sei o quanto isso me fez bem e foi realização de um desejo... Espero sempre dançar e girar ;o)
Cantei! Isso já faço há algum tempo...e como gosto. Mas ainda não consigo perceber se evolui ou simplesmente estou me repetindo... Mas me esforço sempre, mesmo com percalços, quando eu posso, eu vou e canto!

Tive muitas crises, crise existencial, crise nervosa, mas tenho tentado pensar positivamente nisso como: o saculejo necessário pra nos tirar da zona de conforto estagnado e ir adiante, mais uma vez, pra fazer a roda girar.

Estou esperando a próxima subida ;o)