domingo, 26 de agosto de 2012

Axé! Tecnomacumba!


Tecnomacumba é axé de todos que participam. Além da Rita, dos músicos e da bailarina, os próprios espectadores compartilham axé, dançando e cantando cultura brasileira. Esse banho de loção da cultura nacional aconteceu no dia 25 de agosto de 2012 no Sesc Belenzinho.

Tecnomacumba é o nome do projeto de mais de nove anos de Rita Benneditto nome que passou a usar neste ano de 2012, antes era Rita Ribeiro.

Iniciamos em clima de oração, com a música Divino, o mundo anda sem guia / making of da desgraça / road movie sem governo / ave-maria sem graça / o mal da naftalina”. Explosão com Saudação/Abertura, abre o show saudando as entidades da Umbanda e Candomblé na maior animação, cada orixá e entidade recebe sua saudação cantada por todos em coro, coisa linda de se ver e ouvir. Para animar mais segue com Moça Bonita, Uma rosa / Cor de sangue, cintila / Em sua mão / Um sorriso / Que nas sombras / Não diz nem sim nem não / Põe na boca a cigarrilha / E mais se acende o olhar / Que conhece o bem e o mal / De quem quiser amar. Animação total, afinal, já foi invocado todo o necessário para a alegria e diversão.


O show segue com Domingo 23, salve, Jorge! E vamos pra outra pra todo mundo pular novamente com Cavaleiro de Aruanda, chamamos por Jurema e saudamos Oxóssi, cantamos a lua e pulamos. Adiante com Babá Alapalá, que é uma entre as muitas histórias cantadas por Rita. E chega Xangô, o vencedor, gostosinha pra dançar. Depois a tranquila Oração ao tempo, música e lição lindas, Tempo, tempo, tempo, tempo / Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos / Tempo, tempo, tempo, tempo / entro num acordo contigo.

O vento bate na saia de Iansã, e fica tudo dançante novamente com A deusa dos orixás e Iansã, Rainha dos raios / Tempo Bom, Tempo ruim”. Chega a hora de Rainha do MarMinha sereia é rainha do mar / O canto dela faz admirar” e durante todo o show, a Rita Benneditto cantando e dançando! É muito axé! Voltamos às águas calmas, o momento É D’Oxum com entrada da bailarina dançando com as roupas e com a dança de Oxum e mais Mamãe Oxum.

Aí vem Coisa da Antiga, história de vida de muita gente e mais animação, Rita Benneditto   vestida de vermelho e bordada de santinhos, com muita presença cênica interpreta de forma caricata os personagens e vira uma velhinha para cantar “Bahia, / Oh África /Vem cá, vem nos ajudar /Na tina, vovó lavou, vovó lavou / A roupa que mamãe vestiu quando foi batizada” . Segue cantando Cocada saudando Cosme de Damião e, os ibejis e continua, Ai meu Deus se eu pudesse / Eu abria um buraco /Metia os pés dentro criava raiz / Virava coqueiro trepava em mim mesmo / Colhia meus côcos meus frutos feliz / Ralava eles todos com cravo e açúcar”. Ao terminar  Co-co-cocada , vem seu momento Roberto Carlos, como ela mesma disse, e começa a distribuir rosas para o público. Fala sobre a mudança de nome para nos deixar curiosos, mas não esclarece muito. Conta sobre o Projeto Tecnomacumba com mais de nove anos de vida, e sobre a importância da cultura brasileira tão rica e combinada de diversos povos.
Jurema deu um estrondo / Que toda a terra estremeceu / Por onde anda os companheiros da jurema / Que até hoje não apareceu”, segue o show com Jurema e já sentimos que está chegando o fim “Ô juremê juremá / É uma cabocla de pena/ Filha de tupinambá / Rainha das águas e areias / Nunca atirou pra errar”. O show chega ao fim com Tambor de Crioula, “Ô dá licença minha gente eu vou m´embora / Eu vou m´embora já está chegando a hora / Eu vou m´embora mas um dia eu volto aqui”.
(Raven Kirsh para HAM WebRadio)