domingo, 16 de agosto de 2015

A Força


Declaro que sempre que preciso de conversas profundas, pra me ajudarem a entender algumas coisas e raramente tenho com quem conversar, ou quero buscar alguém para falar a respeito... e para sair de um looping infinito de pensamentos eu converso com minhas cartas de tarot.

E em alguns momentos e situações da vida, essas conversas se tornam mais frequentes.


Um questionamento de resposta óbvia que entra no looping infinito, mesmo que a resposta das cartas seja a mesma da minha mente... Acaba aliviando, de uma forma, colocando pra fora o que perturba.

Numa jogada de 3 cartas... A primeira introduz, problematiza e resolve tudo:  A FORÇA.
E vou colocar um trecho da problematização dada pela Liz Greene:
(...) por mais promissora que possa parecer a atitude do Leão, não devemos nos esquecer de que ele é um animal selvagem e que tem vícios próprios da natureza animal. E o aspecto evidente de uma pessoa mal conduzida é exatamente o impulso do "eu primeiro", que irá destruir qualquer um ou qualquer coisa que se interponha em seu caminho contanto que sua própria satisfação esteja garantida. A raiva é uma das manifestações desse impulso -- mas não a raiva sadia, que pode muito bem ser dirigida em situações específicas --, mas aquela ira incontida, furiosa e sanguinária que nos acomete sempre que não conseguimos o que queremos. Outro aspecto dessa fúria é o orgulho desmedido -- não o amor próprio, mas sim a auto-importância inflada e bombástica -- que pode nos tornar selvagens e incansáveis diante daqueles que se atrevem a nos ofuscar. O leão se parece muito com a criança enraivecida dentro de nós, ao mesmo tempo em que destrói cegamente aqueles que não nos obedece, naquele momento. Entretanto, se essa fera for dominada então poderemos fazer uso daquela pele mágica, que em termos psicológicos significa integrar o poder vital da fera fazendo-a servir ao ego e ao consciente responsável.
Assim, a conquista do leão não representa simplesmente uma matança, mas uma espécie de transformação para que a força e a determinação da fera possam se expressar pelo aspecto humano e não animal.