domingo, 19 de maio de 2013

Uma leitura

Terminei a leitura de um livro bastante interessante que peguei na biblioteca por curiosidade. Por ter uma linguagem simples e eficaz, acabei curtindo e lendo rápido. Eu ando sem vontade de escrever minhas reflexões sobre o que ando lendo, fazendo e tudo mais, porque estou vivendo demais e refletindo também, mas sem a necessidade de escrever sobre isso... Mas o livro é interessante, o dia está propício e vou registrar alguns trechos que marquei no final da leitura que penso que podem ser úteis futuramente, vou deixar aqui como um "fichamento". A edição que li é de 1985, passam-se os anos e vemos que as mudanças são lentas... se lemos livros mais antigos, ainda vemos muita coisa igual ainda hoje, sem falar nos de ficção, principalmente, científica que projetam num futuro muito distante ou não tão distante o que temos no dia-a-dia.

Sobre Igreja e mídia:
Além da evangelização através da mídia, utilizam-se dos meios de comunicação para promover guerra política contra qualquer político - no poder ou concorrendo ao mesmo - cujos ideais divirjam de seus pontos de vista políticos e morais. pg. 111

 Não se pode questionar a correção da "Moral Marjority" através da mídia. ela está exercendo seu direito conforme a Constituição - de se fazer ouvir e tal direito deve ser respeitado. Devemos, porém, enfrentar as consequências de tanto poder - através da mídia - concentrando em mãos de um grupo determinado a afetar padrões morais, éticos e políticos de um país. A aliança original entre a religião e o rádio pode tornar-se uma das mais poderosas da historia - uma aliança entre Deus e este segundo deus que é a mídia. pg.112


Sobre política e mídia:

Diz-se que os debates concedem tempo para os candidatos pensarem sobre os assuntos, mas esse "tempo" varia de 30 a 120 segundos para responder a perguntas do tipo: "Como o senhor reorganizará a economia?", "Quais são os maiores problemas do país?", "Que medidas irá adotar?", "Como irá tratar de problemas como o crime, educação e desemprego?" Com espaços de 30 a 60 segundos, o rádio e a TV também concedem tempo similar para que o candidato faça uma declaração sobre qualquer aspecto de sua campanha, mas longas horas de meditação podem anteceder a preparação desta intervenção de 30 a 60 segundos. Para prepará-las, o candidato não tem de caminhar com seus próprios pés, ele conta com o auxílio de escritores e estrategistas, pesquisadores e produtores.
A intenção desses debates e outros noticiários ou comentários livres orientados ara um assunto conflitante, é focalizar os problemas do candidato ao invés dos problemas dos eleitores e desencorajar a evasão de eleitores no dia da votação, transformando o processo eleitoral em um jogo cujos vencedores serão anunciados na noite da eleição. Esta situação estimula o candidato a confiar em uma quantidade significativa de comerciais pagos, panejados para associá-lo aos problemas dos eleitores. Os profissionais que um candidato contrata para trabalhar na campanha são de importância vital. (...)
A mídia tende a acentuar as desigualdades financeiras entre os candidatos.  O candidato que dispõe de amplos recursos ou de apoio financeiro, leva uma tremenda vantagem sobre os outros pois pode comprar mais tempo publicitário e literalmente tornar seu nome familiar. Até recentemente, as empresas e as pessoas com recursos podiam manipular o poder político através do apoio financeiro a um candidato, mas a nova legislação sobre a captação de fundos para eleições restringiu muito essas contribuições.
Com a introdução da mídia na política, uma campanha eleitoral assume novas formas e dimensões e depara com novos empecilhos. No entanto, os benefícios parecem contrabalançar as desvantagens: o candidato precisa ser objetivo e convincente, senão corre perigo do ouvinte aborrecer-se e desligar o aparelho de rádio ou TV; o candidato goza de acesso a todos que podem votar, e não somente a seus partidários; um candidato pode fazer com que os jovens se interessem pelo processo político mesma antes de estarem capacitados a votar. pgs. 118 e 119


Sobre ensino:

 A função do professor estará mais em harmonia com a realidade quando ele compreender como e porque a mídia tornou o domínio da leitura e da escrita menos importantes para a criança. O papel da escola deixou de ser organizar a distribuição da informação, mas o ensino de como os alunos devem lidar com a informação, que é agora comum a todos; numa palavra, a escola devem ensinar os alunos a pensar e a utilizar a TV, rádio, a leitura, a escrita e toda e qualquer forma de comunicação como instrumentos no processo de aprendizado. Devido à sobrecarga de informações a função da escola é auxiliar os alunos  a selecionar adequadamente esse fluxo de informação que poderá oprimi-los. O papel do professor deveria incluir ensinar às crianças como estruturar e classificar informações que elas já possuem e estão constantemente recebendo. Muitos poucos professores adotam essa abordagem e as crianças pagam o preço dessa falha dos mestres, desinteressando-se pela escola. pg.130
Aqui preciso tecer o comentário de que constantemente proponho isso aos meus professores de ensino técnico, e raramente eles dão esse foco às atividades, a parte boa, é que como falo isso abertamente em sala de aula, os colegas acabam ouvindo e quem sabe um dia, percebam que esse é o único meio de aprendizado tranquilo e significativo.

Robert Frost comentou que "o ensino nos persegue até que nós o percebamos". Certa vez Buckminster Fuller escreveu: "Os seres humanos desenvolveram a palavra para que possamos comunicar nossa experiência: isso é ensino". Acrescentou ainda que no mundo moderno cada criança que nasce depara-se com mais informações dignas de confiança. Fuller não estava preocupado se a informação era absorvida através da leitura, da historia em quadrinhos ou da televisão. "As crianças vão se agarrar de qualquer  meio, e apossar-se da TV, isto é realmente maravilhoso. Um problema evidente é que estamos usando a televisão como um meio para ganhar dinheiro - vender pasta de dente etc. As crianças, todavia, não estão realmente interessadas nessa informação, mas em seu funcionamento. Elas adoram a técnica e a estudam o tempo todo. Elas absorvem muito mais do uso da linguagem que a mensagem", afirmou Fuller.
Como Frost poderia ter indagado, a verdadeira questão é: "Como é que seguimos o pensamento de outras pessoas?" O meio através do qual o fazemos não é importante.
Basicamente a relação entre a leitura e a televisão não é mais antagônica do que a relação entre o cavalo e o automóvel. O cavalo e o automóvel não sentem raiva um do outro. São os cavaleiros que se irritam com o automóvel, e os professores orientados pela palavra impressa irritam-se com a televisão, quando, na verdade, é possível uma coexistência pacífica. pg. 131

Uma revolução está prestes a ocorrer no campo da educação: a revolução na biblioteca. Com o rápido desenvolvimento da transmissão de textos a distância, em breve não haverá necessidade de biblioteca com sua estrutura de hoje em dia. A biblioteca do futuro será um centro eletrônico contendo fitas ou discos magnéticos com linhas conectadas a terminais de vídeo. Não será necessário, por exemplo, trazer uma fita para casa, porque o "consulente" estará eletronicamente ligado à biblioteca, onde um dispositivo irá transmitir o som daquela fita para o escritório, a escola, o lar. (...)
Para finalidade de estudo, pesquisa ou simples divertimento, muitas pessoas ainda irão desejar ler ao invés de ouvir uma fita sobre determinado assunto e neste ponto a nova biblioteca também será importante. Estamos agora testemunhando uma explosão da transmissão eletrônica da palavra impressa. Agora você pode comprar um dispositivo, conectá-lo ao seu telefone, e receber material - de qualquer banco de dados do mundo - que será "impresso" na tela de sua televisão. Em breve poderemos receber em forma impressa - através de nossa televisão - qualquer tipo de material publicado: jornal, noticiário, livro, catálogo. A nova biblioteca poderá "datilografar" este material impresso na tela de seu aparelho de televisão e desta maneira fornecer-lhe o assunto de leitura que você escolheu. A tela de sua televisão e os alto-falantes de seu amplificador serão sua biblioteca particular. Você não precisará ir à biblioteca para pegar material. A biblioteca e suas informações virão à sua casa. 
 Esta nova capacidade eletrônica sugere que em muitas situações a educação se tornará, em breve, parte do processo de trabalho. Você poderá aprender no momento em que surgir tal necessidade de aprender, o processo educativo torna-se mais simples, mais envolvente e duradouro. pgs. 136 e 137
Algum dia a biblioteca - como também a escola -,  não mais será o local onde os alunos passam várias horas por dia. Ela se tornará um estúdio ou um centro de transmissão para difundir conhecimento extensivo. Até o momento não podemos precisar os efeitos da nova tecnologia sobre os padrões de trabalho e sobre os ambientes. Podemos somente dizer que a nova tecnologia irá provocar amplas mudanças à medida que a educação moderna , lentamente,  e com uma certa relutância, entra na era eletrônica. pg.138


Sobre trabalho:
 Um estudo recente demonstrou que atualmente a maioria da comunicação cara a cara em grandes escritórios acontece somente quando as pessoas se encontram a menos de 24 m de distância umas das outras. Há uma tendência a utilizar o telefone quando as distâncias são maiores. Um amigo, superintendente de uma agência de publicidade, fez uma experiência com a finalidade de verificar o quanto ele realmente precisava ir ao escritório para trabalhar. Durante toda aquela semana, ele só precisou ir ao escritório três vezes para tratar de negócios relacionados ao trabalho. 99% das tarefas podiam ser realizadas em casa. pg.144
 Poderá ocorrer uma mudança significativa nos padrões de trabalho: os novos sistemas de comunicação podem substituir as viagens de negócios. Além disso, um número maior de pessoas irá trabalhar em casa, utilizando-se da nova tecnologia para operar os negócios, conectando-os a escritórios centrais. Antes de determinar o local para instalação dos escritórios centrais, as indústrias irão prestar maior atenção às redes telefônicas disponíveis, sistemas de cabos e ligações via satélite.
São dramáticas as implicações potenciais dos novos serviços de comunicação entre os indivíduos. Esta tecnologia, e os serviços por ela oferecidos - ou não -, irão afetar a qualidade e caráter de nossa comunicação a qual pode desenvolver-se à maneira do telefone, com seu conteúdo determinados pelos usuários. na verdade, esperamos que os novos serviços complementem, e não substituam, o contato interpessoal, criando novos tipos de interação entre as pessoas. O desenvolvimento pode seguir qualquer um dos caminhos.
A nova tecnologia permitiria que o público dispusesse de mais fontes de informação, o que poderia romper o tipo de informação comum fornecida pela TV, Durante os anos 60 e 70, a fonte de informação era uma só: a televisão. pg. 155
No/a governo/governança:
 As novas tecnologias da comunicação proporcionaram um meio de feedback instantâneo: todas as pessoas- sem sair de casa - podem pressionar uma tecla e votar ou emitir uma opinião sobre questões públicas. Isso pode gerar uma maior participação política, mas também menos volantes do que as eleições atuais. Se de fato isso acontecer, a resposta lógica seria incorporar formalmente ao governo o novo processo de comunicação. O público poderia votar diretamente em assuntos políticos e na legislação. Nestas circunstâncias muitos funcionários eleitos poderiam ser substituídos por administradores cuja tarefa seria apresentar questões para votação pública, o que induziria um aceleramento em nível governamental. As mudanças na política e na legislação poderiam ocorrer mais rapidamente, os ciclos de recessão e recuperação reduzir-se-iam a poucas semanas, pois as alterações políticas e sociais ocorrem na medida em que aumenta o fluxo de informação.
Indubitavelmente o uso das novas tecnologias de comunicação no governo de um  país será acompanhado por inúmeros problemas. Poderia ser proveitoso considerá-los de modo mais profundo porque a tecnologia pode conduzir a importantes resultados políticos e sociais imprevistos, não obstante inevitáveis. Tais tecnologias podem conduzir a uma reestruturação do governo - logo, elegemos alguns representantes. No entanto, o advento das novas tecnologias pode provocar uma reestruturação a nível governamental: nós podemos estar no governo, não precisamos representantes, porque agora nós somos os nossos próprios representantes.
 

Trechos do livro "Mídia: o segundo deus" de Tony Schwartz, tradução de Ana Maria Rocha. Editora Summus. São  Paulo. 1985.
 

domingo, 7 de abril de 2013

The Cure


Sobre o show ontem, The Cure me emociona... curti de boa (não sou nem histérica, nem frenética... sou elétrica, às vezes)... De repente eu vi o que estava acontecendo ali, Bob cantando na minha frente, foi uma sensação inexplicável por mais que eu não ficasse pulando. Foi mágico, foi lindo, mexeu com umas emoções muito, muito, de dentro... e a vontade de subir no palco e abraçar todos da banda??? Nunca senti isso.


Foram muitos os estresses antes do show, por causa de mudança de lugar (sem motivo maior), estresse com preço, estresse no meu dia antes de ir pro show. E lá, tudo passou, só com The Cure.



Tão lindinho o Robert Smith dançando, nem sei se ele curte dançar, mas dava a sensação dele estar curtindo o show. Minha surpresa foi ouvir "Why can't I be you?"... Como o próprio Bob disse, pra cada um as músicas têm um significado, uma importância e pra todos varia, essa pega em mim... "Close to me" virou hino desde a compra do ingresso, a música da realização. Eu também dancei!



Ao contrário do que se imagina, as mais de 3 horas de show não foram cansativas, muito pelo contrário, nem eu imaginava que passariam tão rápido... sem perceber o tempo, porque estava ali, toda encantada, não existe outra definição pro meu estado durante o show a não ser encantada.



Fiquei pensando em quem eu queria que estivesse ali e não estava, no maior clima nostálgico. Lembrei de diversos momentos da vida em que Cure foi trilha sonora. Viagem no tempo, todas as vezes que ouvi as músicas, de repente, a realização ali ao vivo e, eu assistindo, ouvindo, sentindo. Ao meu lado as pessoas cantavam as músicas e não só "as mais conhecidas". Por onde fiquei as pessoas vibravam. Quem estava comigo, assim como eu, ama o som, ama o grupo todo. Vibrávamos com cada gesto, com cada expressão. Bati palmas, gritei empolgada, dancei... queria mais!



THE CURE 06/04/2013 SÃO PAULO_ BRASIL, tocaram:
1.Open
2.High
3.End of the World
4.Lovesong
5.Push
6.Inbetween Days
7.Just Like Heaven
8.From the Edge of the Deep Green Sea
9.Pictures of You
10.Lullaby
11.Fascination Street
12.Sleep When I’m Dead
13.Play For Today
14.A Forest
15.Bananafishbones
16.Shake Dog Shake
17.Charlotte Sometimes
18.The Walk
19.Mint Car
20.Friday I’m in Love
21.Doing the Unstuck
22.Trust
23.Want
24.The Hungry Ghost
25.Wrong Number
26.One Hundred Years
27.End
28.The Kiss
29.If Only Tonight We Could Sleep
30.Fight
31.Dressing Up
32.The Lovecats
33.The Caterpillar
34.Close to Me
35.Hot Hot Hot
36.Let’s Go To Bed
37.Why Can’t I Be You?
38.Boys Don’t Cry
39.10:15 Saturday Night
40.Killing An Arab.




(Tirei fotos só até a metade do show, porque depois fiquei tão perto... que aproveitei pra curtir e parei com as fotos)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Abrir os olhos e enxergar melhor


Do cotidiano, algumas visões que levam a devaneios.

Desde que comecei a cursar o técnico em Modelagem do Vestuário passei a prestar mais atenção em como as roupas são construídas e fico olhando pra entender o desenho e o caimento. Começo contando a historia por esse ponto porque fiquei olhando a saia evasê numa senhora na rua por uns 5 minutos ininterruptos, torcendo para que ela não percebesse ou pelo menos não levasse a mal. 

Estudei Geoprocessamento (terminou ano passado) mais para entender processamento de informações ligado a algo concreto e que eu pudesse visualizar a informação no espaço. E isso me faz entender hoje porque cortar roupa no viés tem melhor caimento no corpo: porque a malha formada por triângulos em um terreno se aproxima mais da realidade do que uma malha formada por quadrados (numa malha de quadrados temos mais lados, e ao cortar e aplicar a malha no viés provoca a "quebra" nos dois fios de urdume e dois fios de trama desses quadrados fazendo suas diagonais "virarem em mais um lado dos triângulos").

Minha busca pelo Geoprocessamento se deveu a uma insatisfação pessoal por não ter estudado melhor o assunto durante meus anos de estágio em laboratório da graduação em Oceanologia. Aprendi a operar sistemas e entendia "por alto" o raciocínio geográfico e matemático (aulas de álgebra linear) por trás daquilo tudo. Acabei direcionando meu estágio pra isso, porque eu tinha noções de desenho auxiliado por computador (CAD), desenho vetorial, que eu entendia "por alto", e que acabei entendendo a matemática por trás daquela "mágica toda" nas tais aulas de Álgebra Linear (que reprovei uma vez e passei apertada na segunda vez). 

Aí eu estudei "Educação", costumo dizer que foi uma Pedagogia Condensada. Porque achei que tinha algo a dizer às pessoas. Porque achei que poderia ensinar algo... e aprendi que aprendemos todos juntos e que o importante mesmo é despertar a vontade de aprender. Hoje em dia acho que ensinar deveria ser encantar... magia ;o) Porque eu fiquei encantada com meu ensino/aprendizagem junto com todo mundo.

E eu fui estudar Oceanologia porque um dia eu estava no ponto de ônibus esperando pra ir pra aula do curso técnico em Edificações (há muuuuuuuuuuuito tempo... quase outra vida) e uma mulher puxou papo na parada de ônibus, o assunto levou a ela me contar que tinha estudado Biologia Marinha e trabalhado com fazenda de camarão... Achei divertido! Curioso... Mas pensei: Só Biologia? Acho que deveria estudar os mares e oceanos, imaginava... (Sério! Não tinha certeza que existia Oceanografia, nem como era... foi uma ideia que passou.... Comecei a investigar... Achei! Oceanologia no Rio Grande do Sul! Não sei porque, sempre quis morar no Rio Grande do Sul).

Ao estudar Oceanologia aprendi a VIDA! Fui pensando que aprenderia tudo sobre oceanos e mares, descobri que se tem muito pra se estudar ainda!!! Mas aprendi que se saímos de casa, o mundo, a vida, as pessoas nos recebem de braços abertos e nos ensinam a cada dia mais essa magia toda da vida. Eu vi o mundo. Eu me conheci. Eu conheci além! Meu experimento microcósmico!!! Meu experimento alquímico! Meu experimento de Gaia! O Experimento!!! E só experimentando é que conhecemos. Eu fui estudar oceanos e mares porque era "a maior coisa que poderia ser estudada", e me estudei. Ganhei visão sistêmica embasada... ou o embasamento para minha visão sistêmica e, passei a enxergar melhor o mundo. Achei que poderia "salvar praias" ou algo do tipo, e vi que todo problema vem dos problemas das pessoas. Despertou minha consciência: não tem que salvar praias... tem que "salvar pessoas" tem que mostrar a elas que nós edificamos o mundo que vivemos ou o "reformamos" ao modo que nos convém... 

Eu fui estudar Oceanologia porque eu já entendia como se projetava e se construía uma casa - Tinha que aprender como é que se fez o mundo - aprendi no técnico em edificações que comecei a cursar porque, na época, era onde aprenderia a desenhar. Tem que projetar, desenhar e depois construir. E voltei.

Aí, eu trabalhei... comecei trabalhando encantando (Curso de Difusão: Formação de Professores-Educadores Ambientais para Atuação no Território)! Quanta satisfação! Plenitude! Serenidade! Fui compartilhar conhecimentos com multiplicadores de conhecimentos, alguns eram encantadores outros ainda precisam ser encantados. E acabou... Não continuou... Por que??? Não sei. Fiquei perdida.

Então recebi convite para "tirar dúvidas" de pessoas com todo desejo de conhecimento (plantão de dúvidas de cursinho pré vestibular). Quanto papo bom! Quanto aprendizado! Quanta troca. E como era divertido!!!!

Aí, precisava de mais dinheiro: "vamos trabalhar sério". Voltei a desenhar, CAD. Foi legal, mas faltava algo.

Recebi uma ideia/proposta de futuro trabalho Oceanografando! Aí sim! Fui! Além de Oceanografar, mudei de novo. E como foi lindo de novo. A vida me recebeu de braços abertos e com afago! Tanta, tanta coisa que parece que foi mais tempo do que foi!!!

Aí, voltei de novo. E aqui estou vivendo. Vendo tudo isso e mais um pouco e ainda mais... Juntando tudo de um jeito que tem todo sentido na minha mente... Porque além disso teve muito mais... Isso só foi pra mostrar que quanto mais conhecemos melhor enxergamos o mundo. E estou aqui pensando em como se mostra isso pro mundo. Como se despertam consciências sobre a responsabilidade de cada um na construção do próprio mundo?????????

São devaneios... NADA LINEAR!

domingo, 24 de março de 2013

Intuição


Componentes importantes dessa ‘coisinha’ que chama intuição: memória boa e raciocínio rápido.

Um professor meu na faculdade disse uma vez: intuição nada mais é do que a capacidade de se pensar muito rápido, de forma que deixamos de perceber até o que compõe esse pensamento. Enfim, se intui depois se busca entender e explicar quais foram os elementos que formaram a tal ideia, ou não... aceita-se a intuição e pronto.

Desta forma, parece-me possível treinar/desenvolver a intuição em qualquer um que se interesse.. é só praticar.

Resolvi publicar isso porque ela "se manifestou! em um incidente doméstico... Mas dessa vez foi fácil identificar os elementos e sequências da historia, coisa que nem sempre é fácil.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Experimento-ação do Eu


É ação de desvendar quem é/sou Eu.
É o experimento de Ser.
É um momento sem tempo, começa e dura o tempo necessário e varia.
Ao contrário do que se pensa não acontece de uma hora para a outra, para ser com harmonia, precisa de planejamento.
Quando acontece de uma hora para a outra, sem planejamento, sem respaldo, é porque deixamos passar o momento, não planejamos e, de repente caímos no abismo e a queda será tão grave quanto à falta de preparação para o momento... E tem que acontecer. E pode parecer caótico.
Para que serve isso? Para saber para o que servimos!
O mundo está cheio de oportunidades, mas nem todas nos cabem. Servem para outros indivíduos, mas não para si mesmo.
Se não levar ao o que se serve, mostrará claramente para o que não se serve.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ao vivo

Às vezes, enxergo a vida como um palco sem diferença de nível ou com iluminação focada e sem platéia no escuro...
A luz e o destaque vêm de cada um e de sua atuação.
Vejo assim, não como um filme, porque é necessário muito improviso, sem ter como retroceder, avançar ou repetir alguma cena da mesma forma.
É ao vivo!
E acho interessante que muitos já pensaram, escreveram, disseram ou cantaram algo semelhante...
Mas viver é viver/vivenciar!